quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Quarta Etapa

Considerações finais

 O projeto foi concluído como o esperado, na décima segunda semana de aula, com a entrega das catapultas e com a realização da apresentação final. Dessa forma, a equipe Gama atendeu aos objetivos impostos ao realizar um lançamento oblíquo de um projetil através de uma Catapulta Trebuchet treliçada, feita apenas com palitos, cola e polímeros, com as devidas medidas e equipado com o sistema de manivelas e polias. Além disso, com essa atividade foi possível desenvolver habilidades de projeção e construção de dispositivos mecânicos, de forma aplicar aprendizados advindos das aulas de Física A teórica e prática. Abaixo, segue imagens da catapulta pronta.

                                                                    Figura 1: Catapulta finalizada. Fonte própria.                            Figura 2: Catapulta finalizada. Fonte própria.  

Por fim, estes foram os resultados alcançados, um dispositivo capaz de lançar uma bola de golfe a um alcance médio de 5,20 m, distância esta resultante da média aritmética de 5 lançamentos.

Agradecimentos

 A equipe agradece, primeiramente ao Centro Universitário Senai Cimatecpor  conceder tal atividade e disponibilizar a infraestrutura adequada à realização da mesma, ao corpo docente da instituição e ao professor-orientador MSc. Targino Amorim Neto pelo seu empenho e auxílio durante o curso do projeto e da disciplina de Física A Prática. Além disso, foi de suma importância a participação dos funcionários do Laboratório TheoPrax, José Gilson Ferreira da Silva Júnior e Alex, e dos monitores da disciplina, Ícaro Baião e João Gabriel.




sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Terceira Etapa

Nesta terceira postagem falaremos um pouco sobre o processo de construção da catapulta, para isso a equipe Gama fez um vídeo, que retrata de maneira simplificada todo o processo de construção. O objetivo foi  mostrar o registro da construção das peças, testes e o trabalho da nossa equipe, mas vale lembrar que pesquisamos, calculamos e modelamos tudo antes de iniciarmos a construção.
Para comprovar nossas pesquisas nós da Equipe Gama, construímos um protótipo da catapulta para analisar o comportamento da estrutura e aferir a veracidade de nossas estipulações teóricas. No link a seguir, mostramos alguns testes de nosso protótipo.


No processo de estudo foram realizados os cálculos de torque para encontrarmos a melhor proporção entre os comprimentos do braço, usamos também o torque para estipular a velocidade de saída do projétil. Para assim aplica-lá nas fórmulas do lançamento oblíquo que nós darão o alcance máximo, tudo pode isso pode ser encontrado de maneira mais aprofundada nas últimas postagens aqui no Blog.
No link abaixo são apresentados os passos realizados pela equipe no desenvolvimento do projeto. Após pesquisarmos, calcularmos e testarmos (com o protótipo), que começamos a unir as peças que foram construidas.


Ao longo do vídeo utilizamos algumas ferramentas, a micro retifica foi utilizada com o intuito de “marcar” a base para facilitar a fixação do suporte verticais, utilizamos também para o acabamento final. A furadeira de mesa, foi utilizada para fazer os furos principais, do eixo e para o contrapeso. A lixadeira foi utilizada para lixar as peças, desde simples placas de palitos aos eixos da catapulta (central e o do contrapeso). Além dessas ferramentas foram utilizados os seguintes materiais: barbante e elásticos, para auxiliar na colagem, cola de madeira, para colar os palitos, durepox, para aumentar a resistência das junções de algumas peças.

Após isso, o resultado do trabalho de nossa equipe pode ser observado na imagem abaixo.

Imagem 1: Catapulta ao final da 10ª Semana. Fonte própria.

Como todo trabalho a construção da catapulta envolveu custos, abaixo encontra-se a tabela de custos dos materiais que foram utilizados na confecção de tal projeto.

Tabela 1: Tabela de Custos. Fonte Própria.

Na tabela acima estão discriminados todos os gastos com materiais durante a construção da catapulta. Como os materiais não foram comprados em apenas um local, é fato que, houve preços variados para um mesmo item, foi realizado uma média simples, para se encontrar o valor por unidade do produto, logo o preço final também será uma média. No processo houve doação de itens e os mesmos foram retirados do cálculo  de custos como está indicado na tabela. O valor gasto em nossa catapulta foi de R$ 167,25. Sem as doações sinalizadas teríamos um total de  R$ 225,65. 

sábado, 30 de junho de 2018

Segunda Etapa


Teoria e cálculos

  Objetivo Geral: A equipe deve elabora, projetar e construir uma catapulta seguindo o modelo trebuchet, com a função de lançar um projétil, bola de golf, e atingir o máximo alcance.
  Objetivo especifico: Construir uma catapulta, utilizando em sua estrutura palitos de churrasco, cola e polímeros; O dispositivo deverá medir 500~700 milímetros de altura, 400~500 de largura X comprimento; A catapulta possuirá um estrutura capaz de suportar um contrapeso de 1 quilograma, integrado ao sistema de lançamento com cabos de cadarço de tênis ligados a um suporte de couro; Deverá conter também um sistema de elevação, feito com roldanas de nylon e cadarços de sapato.


Para a construção da catapulta foi necessário explorar algumas vertentes da física mecânica estudadas durante o curso, dentre elas o movimento oblíquo relacionado ao lançamento do projétil, a teoria de conservação de energia, o momento de força e o momento angular, popularmente conhecido como torque. 

 O lançamento da bolinha pela catapulta é um movimento em duas dimensões, tido como um Movimento Oblíquo de forma que há duas componentes da velocidade, uma horizontal, representada como um vetor v, que obedece um movimento uniforme e outra vertical, um vetor y, que segue a equação do movimento em queda livre [1]. Dessa forma, o móvel inicia a trajetória com uma velocidade inicial partindo da origem do plano cartesiano e definida por um determinado ângulo, logo o vetor velocidade do objeto é a resultante da velocidade horizontal e vertical da partida pelo braço da catapulta.


Figura 1:Movimento Oblíquo de um projétil. Disponível em:
 https://vamosestudarfisica.com/lancamento-o-que-e-lancamento-obliquo/
Equação 1:  Fonte própria.
 Pode-se analisar que a gravidade é uma força constante na direção vertical, para baixo, portanto a componente horizontal da aceleração é nula, enquanto a componente vertical será -gt em qualquer posição [1] , logo aplicando conceitos da cinemática as fórmulas empregadas nesta situação são:
Equação 2: Componentes da velocidade. Fonte própria
 Equação 3: Componentes da posição. Fonte própria
 Onde v é velocidade (m/s), g é a constante gravitacional (9,79m/s2), t é tempo (s) e x e y são as posições no eixo cartesiano (m).

 Para calcular o alcance primeiro utiliza-se a equação da componente “y” da velocidade ( Equação 4) para descobrir o tempo de voo da bola de golfe, igualando ela a 0, visto que a velocidade nesse instante é zero, então encontra-se o intervalo de tempo “t” necessário para ela atingir a altura máxima. Com isso, multiplicando esse valor por dois (2t), temos o intervalo de tempo total da bola no ar. Logo, 
Equação 4: Tempo alcance máximo. Fonte própria.
 Depois, substituímos esse tempo e as equações 2 (componentes da velocidade) na função da posição da componente “x” para encontrar, a partir desses valores, o alcance máximo do lançamento, assim, encontramos a seguinte equação:
Equação 5: Alcance máximo. Fonte própria.
 Onde v0 é a velocidade inicial; θ o angulo de lançamento e g a gravidade local.
 Assim, analisamos que ∆x é uma função que depende da velocidade inicial, do valor da gravidade e do ângulo de lançamento. Com o valor do ângulo que queremos variar monta-se a equação 6 e é possível encontrar o ângulo para o alcance máximo igualando a primeira derivada dessa função a 0, logo:
Equação 6. Fonte própria.
Equação 7: Derivada da equação 6. Fonte própria.
 Assim, o ângulo que dará o alcance máximo será o seu seno, seja igual ao seu cosseno, ou seja, 45 graus.
 Substituindo o valor do seno e cosseno de 45 graus na equação 5, é possível encontrar a equação que dará , então, o alcance máximo :
Equação 8: Alcance Máximo. Fonte própria.
Logo, substituindo os dados coletados pela equipe na equação 8, g= 9,79m/s2 e v0= 3,33488 m/s (encontrada através da teoria de Torque adiante), encontramos que o alcance (∆x) é 1,13 m. 

 Outro conceito importante é o Princípio da Conservação de Energia, o qual diz que toda perda de alguma forma de energia é compensada pelo aparecimento do mesmo valor de energia, em outra forma. Então, quanto ao lançamento do objeto pela catapulta, duas energias são consideradas, a Energia cinética e a Energia Potencial Gravitacional, a primeira associada à energia que um corpo possui em decorrência de seu movimento e a última ao estado de separação entre dois corpos que se atraem mutuamente através gravidade [2]. Dessa forma, 
no instante inicial, a única energia que há no sistema é a potencial gravitacional da anilha, que se encontra erguida e acumulando essa energia para arremessar a bola de golfe, logo, essa energia será :
Equação 9: Energia inicial (potencial). Fonte própria.
 Onde, considera-se Ea energia potencial inicial, m a massa da anilha (1,161 kg), g a gravidade (9,79 m/s2) e h a altura da anilha em relação ao solo (0,545 m). Dessa forma essa energia será igual a 6,19 J, porém, no instante do lançamento a igualdade será:
Equação 10: Energia no lançamento. Fonte própria.
Sendo m1 a massa da anilha, h0 a altura inicial da anilha, m2 a massa da bola de golfe, h1 a altura em que a bola é lançada e v será a velocidade de lançamento da bola de golfe.

 Ademais, quanto à estrutura da catapulta existe o Torque, ou o momento de força, o qual define-se como a força que faz um objeto adquirir aceleração angular, girando em torno de um eixo [3]. Essa força é relacionada ao movimento resultante do braço da catapulta, de maneira que a força aplicada e a distância entre seu eixo de rotação irá interferir na rotação. Então, para que haja a movimentação do sistema esse movimento deve ser diferente de zero, chamado de torque dinâmico. 
      
Figura 2: Ilustração teórica. Disponível em:
 Analisando as forças atuantes na catapulta (Figura 2), percebemos que a força ideal, ou seja, a que daria maior torque, é quando esta se encontra perpendicular ao braço da catapulta. Para isso usaríamos a seguinte fórmula:

Equação 11: Torque. Fonte própria



theta

 Onde considera-se r , como o d1 ou d2 na figura 2, que é a distância do ponto fixo ao contra peso e  ao projétil respectivamente; e F é a força que atua no contrapeso e no  projétil. 


 Pela fórmula também fica claro que se aumentarmos a distância entre contrapeso e ponto fixo (r)  aumentaríamos o torque, o mesmo ocorreria se usássemos a força perpendicular ao braço [4]. Entretanto, há pouco a se fazer para garantir que a força esteja perpendicular ao braço a todo momento, além de ser muito difícil aferir o ângulo formado entre a força peso ( F1 e F2 ) e suas decompostas. Devido a isso iremos usar somente as forças peso F1 e F2.

Sabendo que o somatório do Torque nada mais é que o torque total, ou seja, o Torque no contrapeso menos o Torque no projétil [1], logo escrevemos da seguinte forma:
 Equação 12: Somatório de torque. Fonte própria.

Vale ressaltar que deve diminuir o torque no contrapeso pelo do projétil, pois o sistema é uma alavanca. Além disso, como estamos aplicando torque a um móvel podemos  relacioná-lo com Aceleração Angular  do sistema, ou seja, a aceleração que em que o ângulo variará usando as seguintes relações:
Equação 13: Torque e Momento de Inércia. Fonte própria.
 Onde I é o momento de inércia e  α a aceleração angular.

 Para aplicar tal conhecimento é necessário realizar o somatório do momento de inércia (Equação 9), pois diferentemente do torque, o qual subtrai os termos, este não gera movimento [4]. 
Equação 14: Somatório do Momento de Inércia. Fonte própria.
 Sabendo disso podemos isolar o α, utilizando as relações anteriores, para então aplicar na fórmula a seguir para encontrarmos a velocidade angular na saída do projétil:
Equação 10: Velocidade Angular. Fonte própria.
Equação 15: Velocidade Angular. Fonte própria.
 Onde, W = Velocidade angular final (rads-1), Wo= Velocidade angular inicial (rads-1), α= Aceleração angular (rads-2) e  θ= Deslocamento Angular (rads).
 Sabendo que o projétil parte do repouso e que a sua posição inicial será considerada como 0º, então Wo equivale à zero. Logo, determina-se a velocidade angular (W), em uma certa variação angular (V), a partir da equação 16:
Equação 16: Velocidade Linear. Fonte própria.
Após isso, teremos a velocidade de saída do projétil, e consequentemente o alcance esperado. Através dos conhecimentos aqui apresentados, as nossas estimativas são:
g= 9,79m/s;  m1=1,16190 Kg;  m2=0,0467 Kg; d1= 0,15m; d2= 0,4m; h0= 0,545m; h1= 0m.
1- Utilizando a Equação 12: ∑τ= 2,0551168 N;
2- Utilizando a Equação 14: ∑I= 0,041762 kg·m²;
3- Utilizando a Equação 13: α= 49,21021024 rads-2;
4- Utilizando a Equação 15: W= 8,789768488 rad/s;
5- Utilizando a Equação 16: V= 3,515907395 m/s2.


Modelo 3D
 Por fim, foi realizado uma modelagem 3D em um CAD, SolidWorks, a fim de visualizar e verificar as dimensões escolhidas pela equipe. Vale ressaltar que se trata de um desenho teórico, que funcionará de base para a construção do projeto.
Figura 3: Catapulta Trebuchet em modelagem 3D. Fonte própria. 
Figura 4: Vista superior da estrutura, com cotas. Fonte própria.
Figura 5: Perspectiva Isométrica da estrutura. Fonte própria. 
Figura 6: Vista lateral da haste, com cotas. Fonte própria.
Figura 7: Vista lateral do compartimento para a anilha. Fonte própria.
 Figura 8: Perspectiva isométrica do compartimento para a anilha. Fonte própria.


 Referências:
[1] - HALLIDAY, David. Física para Cientistas e Engenheiros. Quinta Edição. Rio de Janeiro. LTC Editora. 2004. 368 Páginas.
[2] - CHAVES, Alaor; SAMPAIO, J.F. Física Básica: Mecânica. LTC Editora. Rio de Janeiro,2012. 308 páginas;
[3] - Torque e momento angular. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/science/physics/ torque-angular-momentum/torque-tutorial/a/torque. Acessado: 30/06/2018 às 22:00 hrs.
[4] - LUCAS, Stephen. Factors affecting the range of a Trebuchet. Disponível em: http://www.ucl.ac.uk/~zcapf71/Trebuchet%20coursework%20for%20website.pdf. 75 pág. Acessado em 06/07/2018.

domingo, 3 de junho de 2018

Primeira Etapa

O Projeto


 Nós, estudantes de Física A Prática do Centro Universitário Senai Cimatec, instruídos pelo orientador MSc. Targino Amorim Neto, fomos desafiados a criar uma catapulta no modelo Trebuchet, a qual deverá ser capaz de lançar um projétil obliquamente. Logo, criou-se este blog com intuito de difundir o projeto nas plataformas digitais. Além disso, o artefato deve ser feito pelos componentes da equipe utilizando palitos de madeira, cola e polímeros, de forma a medir entre 500 a 700 mm de altura, 400 a 500 de largura e comprimento e ser acionado por manivelas e polias. Com isso, para apresentar com convicção a criação do dispositivo, é importante uma contextualização sobre sua história, função e desenvolvimento, então, o grupo reuniu informações importantes para o embasamento histórico.

Contextualização histórica

 A catapulta foi um instrumento elaborado inicialmente pelos gregos, em uma cidade-estado chamada Siracusa a 399 a.C, inspirado em uma arma de lançar pedras usando cordas, conforme afirma a revista  Superinteressante. Posteriormente, os chineses desenvolveram um novo modelo da arma de cerco, o qual se popularizou no Ocidente como "Trebuchet" (ilustrado na figura 1), dessa forma, este dispositivo robusto foi uma importante artilharia no período medieval, em batalhas por territórios, questões religiosas e negociações.

Figura 1: Trabuco medieval. Disponível em: https://www.pinterest.es/pin/380132024788679145/.

 Sobretudo, a arma também ficou conhecida como Trabuco, esse dispositivo possuía maior potencial, pois ,diferente dos demais modelos, não utiliza força de tração ou torção de cordas e sim a gravidade, através de um enorme contrapeso pênsil, para movimentar um braço mecânico que carregava o objeto desejado a ser lançado por grandes distâncias, como por exemplo pedras, materiais e corpos. Desse modo, a energia potencial gravitacional do contrapeso era convertida em cinética, ultrapassando a velocidade das catapultas movidas à tração, com isso , quanto mais pesado fosse o contrapeso, a munição atingiria uma maior distância ( Conforme o "Site de Curiosidades"). Entretanto, com a descoberta da pólvora essa tecnologia também foi ultrapassada e, atualmente, inspira apenas dispositivos para lançamentos de mísseis e foguetes.

Sobre a equipe...

 A Equipe Gama é composta por Brenda Silva de Alencar, Diego Henrique Sousa Lordelo, Mateus Santana da Silva e Lucca Muniz Coelho (representados na figura 2 da esquerda para direita) graduandos em Engenharia Elétrica no Centro Universitário Senai Cimatec. Fomos designados a montar um protótipo de uma catapulta trebuchet orientados pelo MSc Targino Amorim Neto na matéria de Física A Prática. Nós, integrantes da equipe, aceitamos o desafio e nos comprometeremos a criar um protótipo de qualidade. Dessa forma, para nos organizarmos ao longo de todo o período de trabalho, desenvolvemos um cronograma de atividades(Figura 3) e iremos nos basear por ele durante o projeto.



Figura 2. Componentes da equipe da esquerda para direita: Brenda Alencar, Diego Lordelo, Mateus Santana e Lucca Muniz. Fonte: Própria.

Figura 3: Cronograma geral da atividade. Fonte: Própria.

Fontes:
ONÇA, Fabiano. "A mãe de todas as guerras". Revista Superinteressante, 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/a-mae-de-todas-as-guerras/. Acessado em: 03/04/2018.
MIRANDA, Juliana. Site de Curiosidades. Disponível em : https://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-historia-do-trabuco.html. Acessado em: 05/06/2018.

Publicado por: Brenda Silva de Alencar